Saúde e bem estar

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POG: Programa de Orientação à Gestação

Postado em 26 de agosto de 2021


A gestação e o nascimento do bebê são períodos de grandes descobertas na vida daquelas mulheres que optam pela maternidade. E, muitas vezes, repleto de dúvidas e incertezas também. Foi pensando em prestar orientação especializada para as futuras famílias e incentivar a troca de informações com profissionais da área da saúde que a Cabergs criou o Programa de Orientação à Gestação – POG.

O POG, desenvolvido em novembro de 1989, com organização da primeira turma em março de 1990, tem como objetivo proporcionar um momento de troca de ideias entre os casais, incentivar o aleitamento materno, apresentar técnicas de cuidados aos bebês e fortalecer a rede de contatos entre as famílias da gestante. Disponível a todos os beneficiários dos Planos de Assistência Médico-Hospitalar – PAM e PAM II, o programa proporciona encontros virtuais e grupos de conversas através do aplicativo Whatsapp. As reuniões se tornaram virtuais motivadas pela Pandemia do Coronavírus, mas, também, a partir do intuito de expandir o acesso aos participantes de outras cidades.

De acordo com Ana Michelle Rocha Torres, Enfermeira e Coordenadora de Prevenção e Proteção à Saúde da Cabergs, o POG possui de quatro a cinco grupos ao ano, com cinco encontros cada, formado por até 20 pessoas, entre pais e mães. "O programa é composto por pequenos grupos e estamos buscando fortalecer a presença do pai nesses encontros", afirma Ana. Os debates possuem assuntos variados, como por exemplo: tipos de parto, amamentação e cuidados domiciliares. Durante os encontros, as mamães conversam com profissionais especializados, tiram suas dúvidas e aprendem novas técnicas para cuidar dos pequenos.

Para saber mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 3262.9212 ou pelo e-mail prevencao@cabergs.org.br.

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Os cuidados com os olhos na infância

Postado em 08 de julho de 2021


A infância é um período de extremo desenvolvimento da criança em todo o corpo e isso também ocorre com a visão. A visão dos pequenos se desenvolve desde o seu nascimento até os 5 anos, quando muitas das doenças visuais, podem ser detectadas. Nesta fase, a observação dos pais ou responsáveis é imprescindível para que elas possam ser identificadas e tratadas.

Do nascimento até a 6ª semana de vida, tudo não passa de um grande borrão para o bebê. Após isso, ele conseguirá visualizar os rostos e já por volta de 3 meses ele já será capaz de seguir objetos com os olhos. A falta da visão pode comprometer desde a capacidade cognitiva da criança, a motora e até afetiva. Para aqueles que nascem prematuramente, a atenção é redobrada, pois eles podem apresentar a retinopatia da prematuridade: uma alteração nos vasos sanguíneos capaz de levar ao descolamento da retina e algumas vezes é necessário cirurgia para correções.

O "teste do olhinho" é um exame muito importante: seu objetivo é verificar alterações no reflexo, doenças como a catarata, o glaucoma e o retinoblastoma, as quais precisam de tratamento precoce para evitar danos irreversíveis.
Intolerância à luz, dor de cabeça, esbarrões nos móveis, franzir a testa para enxergar objetos distantes, desinteresse por leitura e o movimento de coçar os olhos são alguns dos sinais de que a criança não está enxergando como deveria; neste caso, é fundamental procurar um oftalmologista para realizar uma avaliação.
Independentemente da idade da criança, é importante desde cedo buscar o acompanhamento do oftalmologista. Visitas regulares ajudam a prevenir diversas doenças oculares ao longo da vida e, para que você possa estar atento à saúde ocular dos pequenos, seguem algumas dicas:

1 - Guarde os produtos de limpeza em armários altos e fechados onde a criança não tenha acesso. As embalagens e o colorido dos produtos costumam chamar a atenção deles. Se houver contato com os olhos, lave com água corrente e leve-o ao oftalmologista.

2 - Fazer o pré-natal corretamente é fundamental: ele pode prevenir os danos de alguns microorganismos, como os que causam toxoplasmose, sífilis e rubéola, os quais provocam a inflamação nos vasos sanguíneos que nutrem o sistema visual do bebê, danificando a retina, que é onde se formam as imagens.

3 - Atenção ao celular! O uso prolongado dos eletrônicos pode prejudicar os olhos. A luz azul emitida por eles não é saudável para a retina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, crianças com menos de dois anos não devem utilizar aparelhos eletrônicos; a faixa etária de 2 a 5 anos podem utilizar por, no máximo, 1h ao dia; e por fim, crianças de 6 a 12 anos, 2 horas ao dia.

4 - Realize exames de rotina. As consultas são fundamentais para garantir a saúde dos pequenos; nelas o oftalmologista também vai realizar orientações de como cuidar bem da visão além, é claro, de realizar exames de prevenção na criança.

5 - Fique atento a qualquer tipo de alteração nos olhos, alguns problemas oculares podem ser percebidos a partir de sinais e sintomas típicos. Caso perceba qualquer mudança, leve a criança para consultar.

6 - Mesmo no inverno, tenha cuidado com o sol. A radiação ultravioleta do sol pode causar efeitos nocivos aos olhos das crianças, logo, oriente-as a não olhar diretamente para o sol e, se possível, elas devem usar óculos solares de boa qualidade até mesmo no inverno.

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Visitas ao pediatra

Postado em 25 de fevereiro de 2021



A relação do pediatra com a criança deve iniciar ainda na gestação. As visitas ao médico não acontecem apenas quando os pequenos têm febre ou apresentam alguma doença específica. O pediatra é o responsável por acompanhar todo o crescimento da criança até a fase em que ele se tornará um adolescente e, no caso específico das meninas, a menarca. O acompanhamento (a chamada puericultura) inclui as avaliações de saúde do bebê, da alimentação, dos hábitos, do crescimento e do desenvolvimento da criança.

A quantidade de visitas ao pediatra vai depender da idade da criança, das necessidades específicas para cada caso e da orientação do pediatra. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as crianças que não vão ao pediatra têm duas vezes mais chances de serem hospitalizadas. As visitas costumam acontecer da forma descrita abaixo, mas saiba que em seus primeiros anos de vida a criança também precisa visitar alguns especialistas, como o oftalmologista, o otorrino (para fazer o teste da orelhinha) e o odontopediatra quando surgirem os primeiros dentes.

Mas o que acontece nessas consultas? Nesses encontros, o crescimento e o desenvolvimento* são monitorados e, caso seja necessária alguma intervenção, o pediatra irá orientar os responsáveis. Também é o momento para o esclarecimento de dúvidas e orientações gerais incluindo as vacinas, sono, alimentação, prevenção de doenças e até orientações sobre as "sapequices" da criançada em cada idade, que podem acabar ocasionando algum tipo de acidente. As crianças também precisam de atenção à sua saúde mental, mesmo tão pequenas elas podem sofrer com distúrbios emocionais e é muito importante estar atento, pois nem sempre conseguem expressar o que está acontecendo. Fique atento a todo e qualquer sinal de alerta, a função do adulto é proteger e oferecer a promoção da saúde em geral e também mental para a criança.

Por fim, nossa dica é que você escolha um médico de confiança, pois vocês estarão juntos guiando os passos, o crescimento e o desenvolvimento da criança até a puberdade, por este motivo você precisa estar confortável com a escolha que fez. E não esqueça, leve a criança regularmente ao pediatra.

*Você pode acompanhar sobre este tema no blog do dia 11 de fevereiro

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O que é uma infância saudável?

Postado em 04 de fevereiro de 2021


Ter uma infância sadia é chave para um futuro saudável. Neste mês de fevereiro vamos falar em nossos canais de comunicação sobre como oferecer um desenvolvimento e crescimento saudável para as crianças.

Os primeiros anos são os mais difíceis, em que tanto a criança, como os pais ou responsáveis passam por diversas adaptações. É nesta fase que o sistema imunológico ainda não está desenvolvido, o que deixa os pequenos ainda mais suscetíveis a patologias. Segundo diretrizes divulgadas pela Organização Mundial de Saúde - OMS, as crianças precisam dormir melhor e ter mais tempo para brincar ativamente para que cresçam saudáveis, logo, o incentivo a prática esportiva é uma das opções, não só por questões de saúde, mas para que as crianças internalizem o valor de uma vida saudável e desenvolvam a capacidade de socialização. Os jogos em grupos, por exemplo, estimulam atitudes de liderança, perseverança, resolução de conflitos e a capacidade de lidar com vitórias e derrotas.

E falando em crianças saudáveis, com qual frequência você leva seu filho ao pediatra? O acompanhamento pediátrico é muito importante desde os primeiros dias de vida até os 16 anos, segundo orientação da Organização Nacional da Saúde (ONS). Vacinas, exames médicos de rotina até alimentação e crescimento saudável são orientados pelo pediatra de acordo com a necessidade individual de cada criança para garantir a ela uma infância mais segura.

Por isso, informe-se, leia, acesse nossos canais de comunicação e converse com o pediatra e descubra quais as principais ações para protegê-lo de possíveis doenças e é claro, ensiná-lo a ter hábitos saudáveis desde pequeno para que cresça forte e saudável.

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Os cuidados que se deve ter com os bebês no inverno

Postado em 28 de maio de 2020



As temperaturas começam a cair e as doenças respiratórias começam a surgir. Isso acontece pois a inalação constante do ar gelado e seco irrita as mucosas das vias aéreas e essa inflamação local facilita a entrada de vírus e bactérias, que podem provocar infecções. Para quem já tem um quadro alérgico, como asma e rinite, esse efeito é ainda mais sentido e as crises aumentam de incidência.

Quando estamos falando de crianças pequenas, há um componente extra nessa história. Abaixo dos sete anos, o organismo está mais suscetível às doenças, pois o sistema imunológico ainda está aprendendo a lidar com os vírus e as bactérias. E quanto mais nova a criança, maior essa fragilidade.

Mas será que os pais devem sempre correr para o hospital no primeiro espirro do bebê? Não! O ideal é que o pediatra da criança faça uma avaliação. Ao levá-lo direto ao pronto-socorro, pode ser que ele pegue alguma doença pior, porque ali circulam muitos vírus e bactérias. Só é necessário visitar o hospital quando há falta de ar, febre que não cede, sangramento, crise convulsiva ou mudança neurológica como sonolência, por exemplo.

Veja alguns cuidados importantes no dia a dia para cuidar do seu bebê:

  1. Banho
Evite banhos demorados e mantenha a água em temperatura agradável, entre 34 e 37ºC , com o ambiente aquecido e portas fechadas para evitar vento. No recém-nascido, o banho pode ser dado em duas etapas: primeiro, lavando a cabeça (o bebê fica de fralda, enrolado numa toalha felpuda, e tem os ouvidos protegidos para que não entre água) e, depois, lava-se o corpinho. Já os bebês com mais de um mês de vida podem tomar banho normalmente. O melhor horário é das 15 às 16 horas, quando a temperatura costuma estar um pouco mais elevada.

Passeios
Saia de casa apenas quando for realmente necessário, principalmente na situação atual do coronavírus. Evite saídas antes das 10 horas e depois das 17 horas, pois nesses períodos do dia, as temperaturas estão mais baixas e há mais vento.
Fuja de locais fechados e, principalmente, da exposição a pessoas já com sintomas de infecções, mesmo que de gripe simples. A proteção no carrinho é importante para evitar tanto a exposição excessiva ao sol quanto correntes de ar que possam deixar a criança com frio.

Roupas
Vista o bebê em camadas. Você pode colocar um body por baixo, uma calça e um macacão por cima. Opte por tecidos de algodão, pois a lã pode dar alergia ou ressecar a pele e o náilon não é adequado para baixas temperaturas. Coloque na criança luvas, meias e gorro.

Alimentação e hidratação
O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida é o mais indicado, pois além de proporcionar um bom aporte, auxilia na imunidade. Depois dos seis meses, certifique-se de oferecer uma boa quantidade de água diariamente.

Sono
Na hora de dormir, também vista seu filho em camadas. Os macacões de flanela são ótimas opções. Mas nada de cobrir o filhote com cobertor, manta ou edredom, para evitar sufocamento.

Ah, e lembre-se de sempre manter a casa arejada e limpa, principalmente o quarto das crianças. É importante não ter nada que possa acumular pó, pois ele costuma se fixar em objetos como bichinhos de pelúcia, tapetes, cortinas, protetor de berço, mosquiteiro e almofadas. Outra boa dica é umidificar os ambientes nos quais o seu filho passa o maior tempo, para amenizar possíveis irritações de pele e mucosas.

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Uma boa alimentação evita as doenças respiratórias?

Postado em 21 de maio de 2020


É só esfriar que já enchemos as crianças de roupas! A forma mais tradicional de combater as patologias respiratórias são os cuidados para resguardar o corpo do frio. Colocar mais cobertas na cama e se agasalhar são excelentes cuidados com o corpo. Mas e a parte interna?

Uma boa alimentação pode fazer toda a diferença a iniciar pela amamentação, que é a melhor forma de alimentar a criança para que ela tenha um crescimento saudável. O leite materno fornece toda a energia e os nutrientes de que o recém-nascido precisa nos primeiros meses de vida. Pensando nisso, a Cabergs oferece para seus beneficiários o Programa de Orientação à Gestação - POG, que orienta os futuros pais sobre o desenvolvimento da gestação, parto e cuidados com o recém-nascido. A melhor prevenção que os responsáveis pelas crianças podem ter é a informação. Desta forma, ao ofertar uma alimentação rica em nutrientes fica mais fácil prevenir doenças.

Na fase do desenvolvimento, o consumo de alimentos industrializados em excesso, pelas substâncias presentes como conservantes e corantes, podem desencadear reações e até agravar quadros de doenças respiratórias. É importante prestar atenção nos rótulos para verificar as composições. Manter uma rotina na alimentação e incluir o consumo regular de frutas e legumes é essencial. 

É muito importante um pediatra acompanhar o desenvolvimento infantil, pois ele ficará de olho no crescimento físico, na maturação neurológica, no desenvolvimento comportamental, sensorial, cognitivo, entre outros fatores. Incentivar bons hábitos alimentares desde os primeiros anos proporciona qualidade de vida para a criança e ela cresce saudável, prevenindo-se assim diversas doenças, entre elas, o tema da nossa campanha deste mês, as doenças respiratórias na infância.

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Qual o papel da família?

Postado em 14 de maio de 2020


Estamos no período em que o frio está chegando e, com ele, vem muita umidade. As paredes e os pisos vertem água e as roupas custam a secar, logo, as doenças respiratórias como gripe, pneumonia, bronquiolite, sinusite, entre outras, aparecem com força. O papel do adulto na prevenção é fundamental, pois são eles os responsáveis por minimizar os fatores de riscos. Existem muitas pesquisas, realizadas entre os anos 2000 e 2015, apontando vários fatores que podem ser o princípio de doenças respiratórias em crianças. Esses estudos constataram que os pequenos com até 5 anos são os mais propensos a desenvolver patologias.

Zelar pela saúde dos pequenos é um ato de amor. Com cuidados simples como manter ambientes ventilados e sem umidade, retirar cortinas, tapetes e pelúcias do quarto, assim como não fumar dentro da residência, são atitudes que contribuem para o controle ambiental, procurando afastar elementos alergênicos. É importante a orientação dos adultos para com as crianças, estimulando a lavagem das mãos e não tocar na boca, olhos e nariz.

É importante citar que o leite materno é umas das maiores defesas para os bebês. A amamentação exclusiva nos primeiros seis meses da criança contribui para fortalecer do sistema imunológico da criança, ajudando a evitar doenças respiratórias. A atenção à alimentação das crianças maiores também é fundamental, pois uma dieta equilibrada ajuda a fortalecer o organismo. Como medida preventiva, a vacinação é uma poderosa aliada, assim como manter as visitas frequentes ao pediatra, para acompanhar o desenvolvimento da criança, e seguir o calendário de vacinação.

Realizar a prevenção sempre é o melhor recurso para proteger as crianças das doenças respiratórias, evitando assim que evoluam para quadros mais graves. Durante os meses mais frios, intensifique suas atitudes para promover uma boa saúde para todas as crianças.

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Está frio? Tem vento? Como ficam as doenças respiratórias na infância.

Postado em 07 de maio de 2020


O frio está chegando e com ele às doenças do inverno. E é na fase de crescimento e desenvolvimento das crianças que precisamos ter maior cuidado com as doenças respiratórias infantis. São elas que afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório e estão relacionadas aos pulmões, traqueias, nariz, boca, garganta, faringe e laringe. Rinite, asma, resfriados, laringites, gripes, pneumonias e o mais novo vírus, o covid-19, são apenas algumas das doenças respiratórias. Com a temperatura baixa, acabamos deixando os ambientes menos ventilados e, fatores de risco como, poeira, aglomerações, acúmulo de pó nos tapetes, e até os bichinhos de pelúcia contribuem para o aparecimento das doenças respiratórias infantis e estas acabam por interferir diretamente no cotidiano das crianças e de suas famílias. Para os adultos responsáveis pelas crianças, dicas como manter a criança agasalhada conforme a temperatura do ambiente, evitar pegar vento, ofertar líquidos são alguns dos aliados no combate às doenças respiratórias.

É na respiração que as crianças e adultos tem o contato direto com micro-organismos nos quais podem desencadear algum tipo de doença do trato respiratório, e este, é apenas um dos motivos para estar sempre em acompanhamento com o pediatra. A orientação pediátrica é fundamental para cuidar da saúde que vai desde a alimentação, o comportamento, doenças e, sobretudo, a prevenção. Manter as vacinas em dia é fundamental para reduzir os fatores de risco. Como forma de prevenir estas doenças, algumas ações podem ser realizadas como manter o ambiente sempre bem arejado, evitar a exposição das crianças a fumaça de cigarro e a higienização dos brinquedos por eles utilizados são ações simples no combate as doenças respiratórias na infância bem como evitar o acúmulo de poeira e os micro-organismos que podem contribuir para as infecções respiratórias.  

As medidas preventivas sempre são os melhores recursos para proteger as crianças, e, a melhor maneira de evitar que as doenças respiratórias evoluam para quadros mais graves é estar atento a todos os sintomas.

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Entenda a importância do Teste do Pezinho

Postado em 06 de junho de 2017


A Triagem Neonatal, popularmente conhecida como Teste do Pezinho, é realizada, geralmente, nas maternidades quando o bebê completa 48 horas de nascimento, ou entre o terceiro e o quinto dia de vida. O exame é extremamente importante, pois detecta, precocemente, doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que podem causar lesões irreversíveis e até afetar o desenvolvimento neuropsicomotor no bebê.

A rede pública de saúde garante ao recém-nascido o teste do pezinho na modalidade básica, que detecta seis diferentes tipos de doenças: Hipotireoidismo, Fibrose Cística, Anemia Falciforme, Fenilcetonúria, Hiperplasia Adrenal Congênita e a Deficiência de Biotinidase. Já na rede privada, a Triagem Neonatal é disponibilizada, na maioria das maternidades, de forma mais completa, com diagnóstico de até 13 doenças. Além das detectadas com o teste básico, a modalidade ampliada revela: Galactosemia, Toxoplasmose, Deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase e Sífilis, Doença de Chagas, Rubéola e Citomegalovirose Congênitas.

O Exame Laboratorial é feito por meio de coleta de sangue, retirado do calcanhar da criança, por ser uma região de boa circulação de sangue, o que facilita a coleta. O furinho é muito pequeno e quase indolor. Quando a criança for submetida ao exame, a mãe, o pai ou acompanhante deverá ficar de pé, segurando o bebê na posição de arroto. Em poucos minutos, o teste é finalizado e o resultado emitido em até 30 dias. Se apresentar alguma alteração, o exame é refeito para ser confirmado e proceder ao tratamento.

Para destacar a importância da triagem neonatal, o Ministério da Saúde intitulou o dia 6 de junho como O Dia Nacional do Teste do Pezinho. O objetivo é alertar a população brasileira sobre a importância de realizar o exame, feito, atualmente, em 80% dos recém-nascidos no país.

É importante lembrar que a triagem neonatal é um direito de toda criança. As futuras mamães devem estar atentas para a realização do teste após o nascimento. Converse com seu médico de preferência e peça o exame na modalidade que preferir. Cuide-se!

Fonte: CTN Diagnósticos, Revista Crescer

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Preparados para o retorno às aulas?

Postado em 15 de fevereiro de 2017


Fevereiro é um mês de transição para a maioria das crianças em idade escolar. Com o fim das férias, e o início de um novo ano letivo, os pequenos se deparam com novos ambientes, novos colegas e professores, e novas experiências a cada dia. E para enfrentar esse novo desafio, nada melhor que começar as aulas com muita saúde, não é mesmo?

Pensando nisso, o Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP divulgou uma cartilha com recomendações para garantir uma volta às aulas com qualidade e disposição. De acordo com o grupo, são questões que devem ser consideradas tanto pela escola, professores, famílias e alunos, quanto pelos pediatras que acompanham as crianças. Os cuidados contemplam questões de comportamento, alimentação, e até o peso da mochila e os cuidados com o trânsito.

Confira na íntegra as 11 recomendações da SBP para um retorno tranquilo de crianças e adolescentes às aulas: 

1) Atenção para sinais de bullying ou de outra forma de violência torna-se essencial;

2) Monitorar a adaptação aos novos horários, valorizando-se as horas de sono necessárias para um bom rendimento na escola, estando descansado e atento;

3) É preciso oferecer uma alimentação balanceada e adequada às exigências das atividades dos alunos, bem como garantir a ingestão frequente de água;

4) Deve ser observado o peso da mochila do estudante. Para evitar danos (dores e, mais tarde, desvios da coluna), quando cheia, ela não deve ultrapassar 10% do peso do estudante;

5) As mochilas devem ser organizadas diariamente para levar só o que for necessário. Na hora da compra, optar pelos modelos de materiais leves e cujo tamanho da mochila fique acima da cintura de quem vai carregá-la para a escola;

6) É necessário cuidado com a segurança das crianças e dos adolescentes no trajeto até a escola, seja em automóvel, transporte escolar, transporte coletivo ou mesmo a pé, é fundamental atender a todos os requisitos de segurança, especialmente o uso de cinto e de cadeiras apropriadas, de acordo com a idade;

7) Recomenda-se atenção a queixas visuais, como dificuldade de ler à distância, e dores de cabeça. É importante também conhecer a acuidade auditiva dos estudantes e providenciar exame se houver dúvidas ou se aparecer alguma dificuldade sugestiva;

8) Os cartões de vacinação dos alunos precisam estar em dia. Caso alguma vacina esteja em atraso, deve-se atualizá-la de forma urgente para prevenir casos de doenças de transmissão interpessoal, considerando o convívio em ambientes coletivos. O mesmo vale para problemas causados por parasitoses;

9) Diante do risco de doenças transmitidas por vetores, como dengue, zika e chikungunya, além da febre amarela, sugere-se atenção permanente ao sinais e sintomas demonstrados por alunos. As escolas devem estar preparadas para o combate aos mosquitos, com aplicação adequada de inseticidas e eliminação sistemática de depósitos de água parada, assim como para aplicação de repelente de insetos nos alunos, quando recomendado;

10) Estudantes que precisam receber medicação no horário escolar (especialmente aqueles com doenças crônicas) devem informar sua necessidade às escolas e novos professores, a fim de que tal necessidade seja contemplada sem prejuízos;

11) Em caso de dúvida, deve-se buscar a orientação junto a um pediatra, que pode agregar todas as demandas junto às famílias e atender as especificidades de todas as faixas etárias.

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Afinal, o que significa ter uma infância saudável?

Postado em 08 de fevereiro de 2017


No calendário de prevenção da Cabergs Saúde, fevereiro é o mês voltado à infância e seus cuidados. Mas o que, afinal, significa ter uma infância saudável? É ter saúde e disposição para aprender e se divertir? Ter companhias para as brincadeiras e liberdade para a imaginação?

"No meu ponto de vista para uma infância saudável a criança deve ter uma vida equilibrada", afirma a nutróloga e médica clínica Lisiane Santos. Para ela, o equilíbrio envolve o apoio e amor familiar, viver em um ambiente pacífico, seja em casa, na comunidade ou na escola, brincadeiras, estímulos para desenvolvimento mental e, claro, saúde.

A alimentação é outro fator muito importante para uma infância saudável. "Crianças devem ter uma alimentação equilibrada, contendo todas as classes de alimentos, preferindo sempre alimentos naturais e evitando ao máximo produtos industrializados". De acordo com a doutora, as crianças, na grande maioria das vezes, assumem o comportamento alimentar dos adultos, e, por isso, hábitos mais saudáveis iniciam pelo exemplo dos pais e das pessoas que convivem diariamente com os pequenos, como irmãos, avós, tios e primos.

Mas nem sempre os pais e responsáveis sabem qual a alimentação adequada para cada idade, e por isso é interessante consultar um especialista. "A procura de um nutricionista pode sempre ser indicado, não apenas quando a criança tem alguma doença, mas para orientações com um profissional que domina o assunto e que pode orientar adequadamente como tornar as refeições de toda a família mais saudáveis", sugere a doutora Lisiane.

Além da especialidade, a criança, mesmo que aparentemente saudável, deve ser assistida por um pediatra, médico que a acompanhará por toda a infância. O pediatra é capaz de analisar a criança como um todo, avaliando doenças físicas, mentais, ambiente familiar, alimentação, desenvolvimento psicomotor, aproveitamento escolar, entre outros fatores, e julgar a necessidade de encaminhamento a outras especialidades, como oftalmologista, alergista e etc. Contudo, é fundamental que os pais e responsáveis estejam atentos ao dia a dia da criança. "São eles que irão relatar ao médico as necessidades e problemas pontuais", finaliza a doutora.

Uma infância saudável é baseada em hábitos saudáveis e equilíbrio. E quando a família toda se envolve nesse objetivo, é sucesso garantido. Vamos, juntos, cuidar dos nossos pequenos?

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23 de novembro - Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil

Postado em 23 de novembro de 2016


Hoje é o Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil, data que objetiva disseminar práticas e ações preventivas e educativas sobre a doença. De acordo com o Instituto Oncoguia, os cânceres infantis, ao contrário de muitos cânceres em adultos, não estão ligados ao estilo de vida e fatores de risco ambientais. Eles são, geralmente, resultado de alterações no DNA das células que ocorrem muito cedo, por vezes antes do nascimento.

O tipo mais comum da doença nos pequenos é a Leucemia, câncer que atinge a medula óssea e o sangue. A Leucemia representa 34% do total de cânceres infantis, segundo o Oncoguia, sendo a leucemia linfóide aguda (LLA) e a leucemia mieloide aguda (LMA) as mais frequentes. A doença costuma causar fraqueza, fadiga, sangramento, dor nos ossos e articulações, perda de peso, febre e outros sintomas.

Em segundo lugar, representando 27%, aparecem os tumores cerebrais, que possuem diversos tipos e perspectivas de tratamento, e do sistema nervoso central, que costumam surgir na parte inferior do cérebro, cerebelo e tronco cerebral. Os sintomas comuns são dor de cabeça, náuseas, visão turva ou dupla, vômitos, dificuldade para caminhar e manipular objetos e tontura.

O Neuroblastoma, tipo de câncer encontrado nas células nervosas do embrião ou feto em desenvolvimento, raramente é diagnosticado em crianças maiores que 10 anos, geralmente aparecendo em lactentes e bebês. Ele pode iniciar em qualquer lugar, mas aparece geralmente no abdome e causa inchaço na região, causando dor óssea e febre. Já o Tumor de Wilms costuma acometer crianças de 3 a 4 anos, e atinge um ou ambos os rins. Surge como um inchaço ou nódulo no abdome e a criança pode apresentar febre, dor, falta de apetite e náuseas. O Neuroblastoma e o Tumor de Wilms, juntos, representam 12% do total de cânceres infantis.

Existem ainda os linfomas, que afetam os gânglios linfáticos e os tecidos linfáticos, como amígdalas ou timo, e podem causar perda de peso, febre, suores, fraqueza e inchaço nos linfonodos do pescoço, axilas ou virilha; os rabdomiossarcomas, que atingem as células que normalmente se desenvolvem em músculos esqueléticos e que controlam o movimento do corpo, e pode causar dor e/ou inchaço; o Retinoblastoma, câncer que atinge os olhos e costuma deixar a pupila com aspecto branco ou rosa; e os Tumores Ósseos, que costumam ocorrer em crianças de mais idade.

Ao diagnosticar o câncer, os principais tratamentos recomendados são a quimioterapia, radioterapia e cirurgia, além de outras terapias complementares. Habitualmente é realizado um atendimento multidisciplinar, com o trabalho coordenado de oncologistas pediatras, radioterapeutas, psicólogos, enfermeiros, patologistas e cirurgiões, somando as chances de cura. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, o câncer infanto-juvenil, por ser predominantemente de natureza embrionária, é constituído de células indiferenciadas, o que, frequentemente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.

Como qualquer outro câncer, quanto antes iniciar o tratamento, mais chances a criança tem de entrar em remissão. Por isso, fique atento aos principais sintomas: dor de cabeça frequente; nódulo ou inchaço incomum; febre sem explicação; alterações de visão; perda de peso; doenças que vão e voltam; dificuldade para andar, andar mancando; contusões e hematomas frequentes; palidez; e falta de energia.

Por serem sintomas comuns a diversas doenças e ferimentos próprios da infância, é muito importante levar os pequenos a consultas clínicas com frequência, principalmente quando estes sintomas persistirem. A estimativa do INCA para 2017 é que mais de 12 mil novos casos de câncer infanto-juvenil ocorram no país. A boa notícia é que nos últimos 40 anos os progressos no tratamento da doença foram extremamente significativos. Hoje, segundo o INCA, 70% dos casos de câncer possuem expressivas chances de cura, se diagnosticados e tratados precocemente. Contra o câncer, qualquer informação é essencial! Cuide dos pequenos!

Fonte: Instituto Oncoguia e Instituto Nacional de Câncer – INCA

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24 de agosto - Dia Nacional da Infância

Postado em 24 de agosto de 2016


Constantemente em transformação, a infância é amplamente discutida, seja em meios acadêmicos ou em conversas entre pais. Cada um tem sua teoria e sua prática. A verdade é que a infância de hoje é completamente diferente da de 10 ou 20 anos atrás. As horas na rua, desenhando no chão, brincando de pega-pega, esconde-esconde ou andando de bicicleta, foram quase completamente substituídas pela segurança dos jogos eletrônicos dentro de casa. Apesar disso, investe-se mais em educação, aprendizado e lazer direcionado.

Mas, em meio a tantas filosofias e referenciais, como saber qual a melhor rotina para cada criança? Para Martha Collares, psiquiatra e terapeuta familiar, não existe rotina ideal. "É importante individualizar, pois cada criança tem um ritmo e isso varia com a idade. O saudável é que se tenha hora para comer, hora pra brincar, hora pra descansar e que isso se repita dia após dia". Segundo a Drª Martha, essa repetição acaba trazendo uma segurança emocional para as crianças, facilitando seu desenvolvimento.

Conciliar o lazer despreocupado, as horas livres e os compromissos é importante para o crescimento da criança. O lazer sem compromisso, o brincar de qualquer maneira que seja, é essencial para a formação da infância. "A criança compreende o mundo através da brincadeira e faz parte disso a observação, a experimentação. Para isso é necessário que ela tenha tempo livre inclusive para entediar-se, pois a partir do tédio é que vem a criatividade, e esta é fundamental para um desenvolvimento saudável", afirma Drª Martha.

As atividades extras, como natação, música, línguas, entre outras, também são benéficas e podem ser iniciadas precocemente, inclusive para os bebês. Entretanto, segundo a médica, é indispensável observar se a criança está preparada para aproveitar a atividade. "Pode ser que um bebê de um ano não esteja com maturidade para entrar em uma piscina, ficar com um professor diferente, e isso deve ser respeitado. Mas a natação pode ser oferecida novamente mais tarde e, então, com bom aproveitamento. Ou, pode ser ainda, que um menino não goste de natação, mas aproveite muito bem uma escolinha de futebol", exemplifica. "Os pais ou responsáveis devem observar e respeitar os interesses e habilidades de cada criança".

Além disso, é preciso atentar para que a criança não fique sobrecarregada com muitas atividades, pois a limite entre responsabilidade e estresse depende da quantidade e do tipo de compromisso. É na infância, por exemplo, que os pequenos vão aprendendo a lidar com alguns sentimentos como frustrações e derrotas, e é importante vivenciá-los no esporte e nas brincadeiras. Mas é necessário que seja aos poucos. "Passar muito tempo do dia sendo desafiada com múltiplas tarefas das quais não 'dá conta' pode deixar a criança estressada", afirma a terapeuta.

Birras, agressividade, dificuldade de concentração, e até mesmo sintomas somáticos como dores de cabeça e dores na barriga, podem ser sinais de estresse. Como filhos não vêm com manual de instruções, é preciso observar, afinal, é muito variável a maneira como cada criança vai expressar seus sentimentos. Por isso, equilíbrio é a palavra chave, seja na infância ou em qualquer momento da vida. Cuide-se!

*Martha Collares é Médica de Família e Comunidade, Psiquiatra e Terapeuta de Família e Casal, e Professora do Instituto da Família de Porto Alegre.

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O que você precisa saber sobre Intolerância à Lactose

Postado em 17 de agosto de 2016


Em terra de brigadeiro e pudim de leite, quem pode consumir lactose é rei. Isso porque um número relativamente significativo da população tem apresentado dificuldades em digerir este componente do leite. A lactose, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), é o principal carboidrato (açúcar) encontrado no leite e seus derivados, e para sua efetiva utilização pelo organismo, esse açúcar deve ser digerido pela enzima lactase, encontrada no intestino delgado dos humanos. A quebra da lactose pela enzima lactase libera monossacarídeos (glicose e galactose) que serão absorvidos e utilizados como fonte de energia.

Acontece que muitas pessoas apresentam queda da atividade enzimática da lactase, chamada de hipolactasia primária, passando a ter sintomas gastrointestinais associados à má digestão de lactose. De acordo com a FBG, a nossa capacidade de digestão e absorção da lactose cai com a idade e essa queda é determinada geneticamente, podendo ser observada, por exemplo, em até 90% de negros africanos e em torno de 10% entre brancos do norte da Europa. A Federação especula, ainda, que devido às questões raciais, no Brasil, até 50% da população possa vir a desenvolver a má absorção de lactose.

Confira entrevista com a Nutricionista Ana Carolina Bragança, da Clínica Nutrissoma de Porto Alegre:

Blog Vida em Equilíbrio - Os casos de intolerância alimentar relacionados ao leite de vaca têm aumentado entre a população mundial. Existe algum fator conhecido para este aumento?
Ana Carolina Bragança - Acredita-se que o aumento dos índices de intolerância alimentar pode ser consequência de alterações na microbiota intestinal dos indivíduos (por uso excessivo de antibióticos, medicamentos inibidores de ácido gástrico), exposição excessiva a alimentos industrializados e processados e baixos índices de aleitamento materno.

BVE - Que sintomas devemos ficar atentos quando se trata de intolerância à lactose?
ACB - Existem vários sintomas que podem indicar a intolerância. Sintomas como diarreia, cólicas abdominais, inchaço e flatulência são os mais comuns, que podem aparecer entre 30 minutos e 2 horas após ingerir alimentos que tenham lactose. Em casos mais graves, podem ocorrer vômitos, assadura na região anal, ataques de asma, refluxo e infecção no ouvido.

BVE - Que exames podem ser feitos para detectar o problema?
ACB - Os exames mais comuns são: Teste de intolerância à lactose: O paciente ingere uma dose de lactose em jejum e, depois de algumas horas, é feito uma coleta de amostra de sangue para medir os níveis de glicose, que permanecem inalterados nos portadores do distúrbio.
Teste de hidrogênio na respiração: considera o nível de hidrogênio eliminado na expiração depois de o paciente ter ingerido doses altas de lactose.
Teste de acidez nas fezes: é feita uma análise do nível de acidez no exame de fezes. Indivíduos com intolerância à lactose possuem fezes mais ácidas.

BVE - Existem diferentes níveis de intolerância? Algumas pessoas podem apresentar mais sensibilidade que outras?
ACB - Sim, o nível de tolerância à lactose pode variar de acordo com a capacidade de produção da enzima de cada indivíduo. Se a intolerância não for grave (maior parte dos intolerantes), o indivíduo não precisa cortar completamente qualquer alimento que contenha lactose e, com o passar do tempo, a pessoa vai aprendendo sobre quais alimentos lácteos poderá ingerir sem sentir sintomas da intolerância à lactose. Iogurtes e alguns queijos algumas vezes são bem tolerados em casos menos graves.

BVE - Qual a diferença entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite?
ACB - A Intolerância à lactose é uma deficiência na produção da enzima lactase (que digere o leite) podendo ser total ou parcial. Já a alergia a proteína do leite é uma reação alérgica à proteína do leite, que está diretamente relacionada ao sistema imunológico, normalmente já diagnosticada nos primeiros meses de vida. No caso da alergia não existe tolerância, pois quantidades mínimas da proteína já desencadeiam o processo alérgico.

BVE - Qualquer pessoa com intolerância à lactose pode consumir a enzima lactase? Qual a dosagem indicada?
ACB - Como a enzima lactase não é um tratamento, o uso da enzima lactase normalmente é indicado em casos em que o indivíduo come fora de casa ou quando ele quer provar algum alimento que contenha lactose. Normalmente é bem tolerada em casos menos graves de intolerância.
A dosagem a ser utilizada deve ser bem calculada para que o indivíduo não tenha novamente os sintomas e consequentemente cause um desequilíbrio da flora intestinal. Os fatores a serem considerados nesse cálculo são: a quantidade de lactase que o organismo produz, a quantidade de lactose que o indivíduo vai ingerir, a capacidade do indivíduo de digestão dos alimentos e a quantidade de enzima lactase que a capsula ou o sachê possuem.

BVE - Descoberto o problema, é preciso fazer acompanhamento médico com que frequência?
ACB - O médico é o profissional apto a fazer o diagnóstico da alergia ou da intolerância e o nutricionista é o profissional que faz o acompanhamento com a prescrição dietética. Normalmente inicia-se o tratamento com lactobacilos para equilibrar a flora intestinal e a dieta de acordo com o grau de tolerância e deficiências nutricionais. A frequência do acompanhamento vai depender de cada caso.

BVE - Além dos sintomas supracitados da intolerância, ela pode causar outros prejuízos à saúde, como danos ao intestino, dificuldades de absorção de nutrientes, aumento na produção de secreções, etc?
ACB - A intolerância a lactose não tratada pode causar um quadro de disbiose (desequilíbrio da flora intestinal) no paciente, aumentando a produção de bactérias patogênicas e diminuindo as bactérias benéficas no intestino, cometendo uma fermentação que leva à diarreia, prejudicando as funções de absorção de nutrientes e consequentemente o funcionamento do organismo.
Alterações da permeabilidade intestinal podem estar associadas a quadro de queda do sistema imunológico e aumento de inflamações e reações alergênicas: como rinite, sinusite, artrite, celulite, entre outros. Depressão, ansiedade, problemas de memórias, infecções urinárias de repetição, micoses, sintomas relacionados à falta de vitaminas e minerais, queda de cabelo, unhas fracas, osteoporose, anemia, entre muitos outros problemas podem aparecer.

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Amamentação é um ato de amor entre mãe e bebê

Postado em 03 de agosto de 2016



A Semana Mundial da Amamentação, ação criada e difundida pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), a Aliança Mundial por Ações de Aleitamento Materno, tem como tema este ano "Amamentação: Uma chave para o desenvolvimento sustentável". A campanha aborda o aleitamento e sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são 17 metas aplicadas mundialmente, e ancora a amamentação como chave desse desenvolvimento sustentável, atingindo metas como a "Fome Zero" e "Bem Estar e Boa Saúde".
Mas muito mais que matar a fome, o aleitamento materno traz inúmeros benefícios para o bebê. "O leite materno transmite anticorpos para o bebê, diminuindo infecções e prevenindo doenças alimentares e crônicas, e estimula o desenvolvimento mental da criança", afirma a nutricionista do Banco de Leite da Santa Casa, Kelly Florence. De acordo com a nutricionista, o leite materno é melhor digerido que qualquer outro alimento, sendo indicado o consumo exclusivo até o sexto mês de vida. "O ato de mamar também auxilia o movimento dos músculos e ossos da face, promovendo melhor flexibilidade na articulação das estruturas que participam da fala, estimulando o desenvolvimento da face e o alinhamento dos dentes".
O momento de amamentação, tão esperado pelas mamães de primeira viagem, cria vínculos afetivos entre mãe e filho ao promover o contato pele a pele, e posteriormente auxiliam o relacionamento do bebê com outras pessoas. E os benefícios se estendem para as mamães. "Amamentar diminui o risco de desenvolver câncer de mama e ovário, aumenta a autoestima e ajuda a retornar ao peso anterior à gestação. Além disso, amamentar imediatamente após o parto estimula a contração do útero para que ele retorne ao tamanho original de forma mais rápida, diminuindo o sangramento", afirma a nutricionista.
Mas existe um tempo máximo de amamentação? Segundo Kelly, não existe um período limite. "O recomendado é o aleitamento materno exclusivo, sem oferecer nada além de leite materno, até o sexto mês de vida e aleitamento materno até dois anos ou mais". O importante é entender que, sempre que possível, o leite materno não deve ser substituído, pois ele é o mais completo e adequado para o bebê. "Quando a mãe não possui leite, ou por outros motivos não consegue amamentar, a recomendação é procurar ajuda profissional".
Apesar da produção de leite não ser prejudicada (nem beneficiada) pela alimentação da mãe, é importante manter uma dieta saudável e variada. "A ingestão de cafeína não é contraindicada, desde que não ultrapasse 100 ml por dia, quando ingerida em excesso pode provocar insônia e irritabilidade no bebê", afirma. Já o cigarro e o álcool estão proibidos: "A nicotina é uma substância que passa para o leite materno e pode ser prejudicial ao bebê, além de inibir a produção de leite".
Confira algumas dicas da nutricionista Kelly Florence para facilitar a amamentação:
A amamentação é um momento exclusivo entre mãe e filho, por isso, é sempre bom que ocorra de uma forma tranquila e prazerosa;
É importante a mãe saber que nos primeiros meses o bebê costuma mamar com muita frequência, isso é normal;
A criança não tem um horário para mamar, deve ser amamentada sempre que pedir;
É essencial respeitar o ritmo de seu bebê, deixe-o mamar até que fique satisfeito;
Deixe que primeiro ele esvazie bem uma mama, para só depois oferecer a outra.

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Teste do Pezinho: garantia de tratamento imediato aos recém-nascidos

Postado em 08 de junho de 2016



O Teste do Pezinho foi trazido para o Brasil em 1976, pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE de São Paulo. Essa triagem neonatal tornou-se obrigatória na rede pública de todo o país no dia 6 de junho de 2001, com a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal, data em que é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Na época, o exame identificava 2 ou 3 doenças- passados 40 anos, o teste realizado na rede privada é capaz de diagnosticar mais de 40 doenças genéticas, metabólicas e infecciosas. 

Realizado através de amostras de sangue coletadas do calcanhar do recém nascido, o Teste do Pezinho é um exame laboratorial relativamente simples para detecção precoce de doenças que podem causar lesões irreversíveis no bebê. Identificadas antes mesmo dos primeiros sintomas, grande parte das doenças investigadas podem ser tratadas com sucesso e sem sequelas.

De acordo com Carolina Amorin, da CTN Centro de Diagnósticos, clínica que realiza o Teste em Porto Alegre, os recém-nascidos devem ser submetidos ao exame a partir do 3º dia de vida, mesmo não apresentando qualquer sintoma clínico anormal. "Considerando a natureza preventiva do Teste do Pezinho, a rapidez no diagnóstico é essencial. Por isto, o exame deve ser feito o mais brevemente possível, podendo ser realizadas coletas até 30 dias após o nascimento".

No Estado, a rede pública de saúde oferece seis exames no Teste do Pezinho: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Anemia Falciforme, Fibrose Cística, Deficiência da Biotinidase e Hiperplasia Adrenal Congênita. "O que diferencia os perfis de Teste do Pezinho é a quantidade de doenças que é capaz de diagnosticar", afirma Carolina. Em clínicas privadas, como a CTN, são oferecidos Testes do Pezinho Básico, Ampliado, Plus e Master, além de exames opcionais que podem ser solicitados isoladamente.

Confira, de acordo com a CTN, as principais doenças diagnosticadas pelo Teste do Pezinho:

Fenilcetonúria e outras Aminoacidopatias: doença genética na qual o organismo não metaboliza o aminoácido fenilalanina, que se acumula nos tecidos devido à deficiência de uma enzima que o converte em tirosina e, a partir daí, em importantes produtos biológicos. Os altos níveis de fenilalanina causam uma progressiva lesão no sistema nervoso que, após alguns meses, se manifesta através de convulsões e retardo de desenvolvimento neuromotor.

Hipotireoidismo Congênito: distúrbio causado pela deficiência de produção dos hormônios da tireoide devido a diferentes causas, incluindo defeitos genéticos e distúrbios da formação da glândula. A falta de hormônios tireoidianos após o nascimento implica em graus variados de deficiência física e mental, com sequelas irreversíveis se o paciente não for tratado precocemente.

Hemoglobinopatias: a hemoglobina é uma proteína presente nos glóbulos vermelhos, responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos. As hemoglobinopatias são doenças relacionadas a alterações em genes que afetam ou a estrutura da molécula (hemoglobinopatia estrutural) ou sua taxa de produção (talassemia). Mais de 300 defeitos estruturais da hemoglobina estão identificados, sendo a anemia falciforme o mais conhecido. As crianças com anemia falciforme produzem hemoglobina S e não hemoglobina A, sendo altamente suscetíveis à anemia hemolítica e a infecções que podem levar à sepsis.

Fibrose Cística: também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética na qual há um distúrbio no transporte de cloro pelas membranas epiteliais. Nos pacientes afetados por FC, os epitélios de diversos tecidos produzem uma secreção muito espessa. Nos pulmões, essas secreções obstruem a passagem do ar e ret
êm bactérias, facilitando as infecções respiratórias.

Deficiência de Biotinidase: decorre do funcionamento deficiente da enzima - biotinidase - que libera a biotina presente em muitos alimentos, permitindo a absorção da biotina pelo intestino ou sua recuperação após participar em reações químicas específicas. A forma mais severa da deficiência de biotinidase é marcada por convulsões, retardo mental e lesões de pele.

Hiperplasia Adrenal Congênita: bloqueio, por um defeito genético, na síntese do cortisol e mineralocorticóides. Em função disso, a hipófise produz grandes quantidades de ACTH, estimulando exageradamente a glândula adrenal e induzindo à formação de esteróides com ação virilizante. Tanto meninos quanto meninas podem apresentar, em função dos baixos níveis de mineralocorticóides, desidratação e desequilíbrio hidroeletrolítico agudo, que podem ser graves e até letais, se não tratados.

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Dia Internacional da Síndrome de Down

Postado em 21 de março de 2016



O dia 21 de março é um dia especial, dedicado a pessoas mais especiais ainda. Hoje é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma disfunção cromossômica que atinge uma a cada 700 crianças nascidas no Brasil.

A síndrome de Down - SD é uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais no par 21. Segundo a Fundação Síndrome de Down, isso acontece no processo de divisão celular e acarreta uma série de características físicas associadas à alteração no desenvolvimento intelectual.

Entre as pessoas com SD, a maioria apresenta a denominada trissomia 21 simples, quando existe um cromossomo a mais em todas as células do organismo. Algumas pessoas apresentam diferentes formas de SD, como o mosaico, quando a trissomia está presente somente em algumas células, e a translocação, quando o cromossomo 21 se une a outro cromossomo.

Ainda não se sabe com precisão os motivos dessa disfunção. O que se sabe é que pessoas com SD podem, sim, viver uma vida plena e prazerosa, com rotinas e deveres, com independência e autonomia.

Como é o caso do Gabriel, filho da funcionária do Banrisul Janeci Lazzari. Passados 19 anos desde sua chegada, a mãe lembra do momento em que recebeu a notícia. "Soube que o Gabriel tinha nascido com SD 10h após seu nascimento, através da obstetra que me acompanhou e da pediatra que cuidou dele, duas profissionais que souberam dar a notícia com muito respeito. Digo com muito respeito, pois estavam falando sobre a vida e o futuro de um menino lindo que havia sido esperado e desejado com muito amor", conta Janeci.

A maneira como a notícia é dada a uma nova mãe é essencial para iniciar uma aceitação ao assunto. Mas é claro, nunca é fácil. "Fiquei muito triste, pois quando planejamos ter um filho, já começamos a pensar no futuro, em tudo o que envolve a vida deste filho que estamos querendo", descreve. "Porém, tomei-o nos meus braços e prometi, naquele momento, que iria oferecer a ele todas as oportunidades e que seria tratado da mesma forma que trataria outro filho".

E foi assim desde o início para a família do Gabriel. Ele nunca deixou de ir a algum lugar ou evento por ter Síndrome de Down. E em relação à irmã, Vitória, de 15 anos, sempre teve o mesmo tratamento. O Gabriel, que acaba de concluir o Ensino Médio, também frequentou, desde o início, escolas regulares.

Por lei, nenhuma escola pode negar o ingresso de alunos com necessidades especiais, mas isso não significa que as escolas estejam preparadas para recebê-las. "Não é muito fácil encontrar alguma escola que realmente trabalhe a inclusão no verdadeiro sentido da palavra, mas sempre tivemos claro que o lugar do Gabriel era dentro de uma escola regular", disse Janeci. "Aliado a isso, ele sempre demonstrou muita vontade em aprender", completa.

E a vinda do Gabriel também despertou essa vontade na família Lazzari, foi preciso pesquisar e entender a nova realidade. "O que causa medo e preocupação é a falta de conhecimento, mas é assim que recebemos nossos filhos: sem conhecimento do assunto". Quando buscaram informações, encontraram literaturas desatualizadas e restrições."Temos a literatura do "não", onde não encontramos possibilidades. Temos que oferecer todas as oportunidades e deixá-los crescer".

E isso a família do Gabriel sabe fazer. O Gabriel faz natação duas vezes por semana, musicoterapia e aulas de francês, idioma que ele pediu aos pais para estudar, "e está indo muito bem", afirma Janeci. Além disso, no próximo mês inicia as aulas particulares para se preparar para o vestibular. Ele escolheu Educação Física. Ainda sobra tempo para fazer parte do Conselho Deliberativo da Associação dos Famil
iares e Amigos do Down - AFAD, onde os jovens sugerem atividades que serão desenvolvidas pela associação.

Ufa! Cansou? O Gabriel não. Ele ainda arranja tempo para se encontrar com os amigos que fez na associação, para alguma atividade de lazer. E está namorando, como qualquer jovem da idade dele.

Para Janeci, ser mãe de uma criança com Down é ter paciência, tudo precisa ser ensinado. "O maior desafio foi desacelerar, aprender que o tempo deles não é o teu tempo. Que vão aprender, mas no tempo certo. Buscamos toda a literatura, mas encontramos muitos "nãos". Decidimos que nosso filho era único e que para ele não existia estatística e nem literatura", enfatiza Janeci.

"Meu marido me falou algo que nunca esqueci: "pensa que a página em branco que todos os filhos usam para contar sua vida, a do Gabriel vai ser preenchida com um pouco da nossa ajuda". E assim está sendo feito. A cada dia a página está sendo completa". Janeci termina nossa entrevista com uma frase, "não sei o autor, mas é o seguinte": Ser Down é começar tendo menos do que gostaríamos e terminar com mais do que a maioria tem e jamais terá.

Esse é o Gabriel, que com apenas 19 anos, ensina a muita gente o que é viver. Viver do seu jeito, com o seu ritmo, de modo pleno e prazeroso. Não há diferenças quando aceitamos que todos somos especiais.

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Brincar e brincar, sempre!

Postado em 04 de fevereiro de 2015




Muito mais do que um mero passatempo, brincar é fundamental para o desenvolvimento das crianças. As atividades recreativas proporcionam inúmeros benefícios que vão da expressão corporal até aspectos cognitivos e motores. Para entender melhor como isso acontece, conversamos com o educador físico Ary Fernando do Santos, sócio da Empresa SER, que desenvolve junto à Cabergs o projeto Cabergs Criança. 

De modo geral, quais aspectos do desenvolvimento da criança são beneficiados pelas atividades recreativas? 

Acredito que "o brincar" implica uma dimensão evolutiva das crianças. Ao brincar, ela aumenta sua criatividade, expressão corporal, autoafirmação e o desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e social. A recreação tem uma função compensadora, pois lhe dá uma satisfação pessoal, possibilitando o reencontro com os movimentos e a descontração necessária à vida. Deveríamos brincar sempre!

Há brincadeiras indicadas para cada faixa etária?  

Sim. No projeto de verão da Cabergs brincamos com crianças dos 05 aos 12 anos e procuramos desenvolver atividades em que todos possam participar. Buscamos incentivar a criatividade e o lúdico. As brincadeiras são sempre o "carro-chefe" das atividades desenvolvidas. Procuramos afastá-las um pouco do mundo virtual, como tablets e celulares (que não são permitidos). 

Qual a importância das atividades recreativas no que diz respeito ao sedentarismo? 

Uma criança fisicamente ativa tem grandes chances de se tornar um adulto ativo. Promover a prática regular de exercícios físicos e atividades recreativas que envolvam movimento significa estabelecer uma base sólida para a redução do sedentarismo na idade adulta. Com a evolução da tecnologia, é muito comum crianças e adolescentes substituírem atividades que demandam gasto energético pelas brincadeiras automatizadas. É frequente vê-las por horas na frente da televisão ou do computador, jogando videogame ou navegando na internet. Na maioria das vezes, essas atividades são praticadas consumindo petiscos nada saudáveis, como salgadinhos, batatas fritas, bolachas recheadas. Com o tempo, esses hábitos podem levar a criança à obesidade infantil, uma das doenças mais comuns hoje, e causada, em boa parte, pelo sedentarismo. 

A vida sedentária provoca o desuso dos sistemas funcionais, ocasionando atrofia das fibras musculares, perda da flexibilidade articular e comprometimento funcional de vários órgãos. O sedentarismo pode levar a doenças como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, ansiedade e aumento do colesterol, além de ser considerado o principal fator de risco para a morte súbita em adultos.

Em que tipo de brincadeiras as habilidades sociais das crianças são mais desenvolvidas? É possível dar um exemplo de como isso ocorre? 

Nossa equipe busca observar e analisar, em cada criança, suas atividades e comportamentos sócio-afetivos em relação às demais: a capacidade de articular pensamentos, sentimentos e ações frente a situações adversas; a maneira pela qual a criança interage com seus colegas sem discriminá-los por razões físicas, sociais, culturais ou de gênero. Todas as brincadeiras que propomos requerem interação e dialogo. Algumas vezes misturamos maiores e menores em uma mesma brincadeira, para que saibam respeitar as diferenças e os "tempos" de cada criança. Todas as atividades são realizadas em grupo. Passamos as regras antes, e depois discutimos para ver se todos estão de acordo. Deixamos um momento no final de cada brincadeira, para discussões e melhoramentos. Ou seja a criança é parte fundamental desse processo e deve ser ouvida sempre.

Como deve ser a postura dos pais nos momentos de recreação? O que devem incentivar e que cuidados devem tomar? 

Os pais têm papel fundamental no desenvolvimento das crianças, mas o que vemos hoje são pais ausentes e que não dispõem de tempo para seus filhos. A postura ideal seria aquela em que pais e filhos brincam juntos. Temos visto muitos pais que dão telefones e tablets a fim de "acalmar" a criança, em vez de incentivar as brincadeiras mais simples, como correr, subir em árvores, pedalar, brincar de esconde-esconde, ler, ouvir música, pintar, desenhar, entre outras. Os cuidados devem existir sempre, mas não devem ser um limitador, são com os tombos que aprendemos a levantar. Também não devemos de forma alguma colocar a criança sob pressão, como por exemplo, pais que levam seus filhos para "escolinhas" de futebol e querem que o filho seja o melhor, que falam mal na beira do campo, que brigam quando o filho não vai bem. Tudo isso pode prejudicar ao invés de ajudar. Uma palavra de conforto sempre terá mais valor que um xingamento. 

Quais as recomendações para os pais no período de férias das crianças?

Brincar e brincar com seus filhos e, aqueles que não têm tempo para isso, procurem ajustar a agenda para que, pelo menos em algum momento do dia, isso seja possível. Também podem levá-los para o Cabergs Criança, que lá garantimos a brincadeira o dia todo. 

Por fim, como a Empresa SER pensa o trabalho desenvolvido no programa Cabergs Criança? Que retorno vocês têm desse trabalho?

Para nós da equipe SER o Cabergs Criança é um dos melhores momentos do ano, esperamos com muita alegria essa data chegar. Fazendo uma analogia, seria como uma escola de samba: assim que acabamos já estamos pensando no próximo ano. Nosso objetivo maior sem dúvida é a satisfação das crianças, e depois a dos pais e familiares. Trabalhamos com muito amor e carinho. As brincadeiras têm uma proposta de sociabilização e desenvolvimento da criatividade. Elaboramos brincadeiras simples, mas que gerem experiência, que tragam ensinamentos para a vida. Após cada semana recebemos retornos (através de questionários) dos pais e da Cabergs. Isso nos ajuda a melhorar cada vez mais. Já estamos no terceiro ano juntos do programa e esperamos continuar por muitos outros. 

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6 dicas de alimentação saudável para crianças

Postado em 10 de dezembro de 2014


 

Na idade escolar, como em toda a fase de desenvolvimento da criança, a alimentação saudável é um fator determinante na prevenção de doenças. Por isso, antes de tudo, é importante estabelecer uma rotina alimentar em casa, hábito que faz bem para o metabolismo das crianças e também dos adultos. Além de cuidar o horário das refeições, é essencial que a família se acostume a comer unida. A prática incentiva todos a comer ainda melhor e a evitar as guloseimas. Então, qual tipo de refeição é considerada saudável para as crianças? Conversamos com a nutricionista Juliana Silveira Andrade para saber quais são os passos fundamentais para adotar esse comportamento.


1.Estabeleça horários para as refeições


Entre os 6 e 12 anos, é importante para o desenvolvimento da criança que ela faça todas as refeições do dia: café da manhã, almoço e jantar, intercaladas com lanches saudáveis. "É importante não pular as refeições, além de incluir frutas, verduras e legumes todos os dias. Oferecer leite e/ou derivados diariamente também é fundamental, já que elas estão em crescimento e esses são alimentos ricos em cálcio, essencial para essa fase da vida", explica Juliana.


2.Substitua alimentos


Em vez de colocar na lancheira do seu filho aquele salgadinho industrializado ou um refrigerante, escolha frutas como lanche e prepare sucos. "As frutas são os melhores alimentos  a serem inseridos durante as refeições, podendo ser oferecidas in natura, na forma de sucos, vitaminas ou acompanhadas de iogurtes", recomenda a nutricionista.


3.Equilibre a dieta


Juliana explica que a composição de uma refeição saudável passa também pelo equilíbrio de seus nutrientes, com a utilização de pelo menos um ingrediente de cada grupo nutricional. "Por exemplo, um carboidrato (arroz, massa, batata, polenta, aipim) + uma leguminosa (feijão, ervilha, lentilha) + um legume (cenoura, chuchu, beterraba, abóbora, abobrinha) + uma hortaliça (couve, espinafre, repolho, acelga) + uma proteína (carne bovina magra, frango, peixe, ovo, fígado). Uma alimentação variada garante a quantidade de todos os nutrientes de maneira adequada", ensina. Oferecer leite e derivados diariamente também é fundamental, pois são ricos em cálcio, essencial para a fase de crescimento.


4.Escolha alimentos práticos e nutritivos


"Os alimentos considerados mais práticos normalmente são industrializados, prontos para servir ou que precisam apenas ser aquecidos. Entretanto, eles não são tão nutritivos quanto alardeiam seus fabricantes", alerta Juliana. Nenhum deles se compara à comida caseira, pois quando cozinhamos, não escolhemos apenas os alimentos que vamos comer, também dedicamos tempo e cuidado para prepará-los conforme nosso gosto.


"Oferecer produtos industrializados sem cautela às crianças pode provocar sensibilidade e causar reações como asma brônquica, rinite e dermatites (urticária, por exemplo). Alguns estudos já mostraram que corantes e conservantes (tartrazina, ácido benzoico, sulfitos...) podem desencadear sérias reações alérgicas", complementa a nutricionista.
Programe um cardápio simples para o dia a dia, de fácil preparação, mas nutritivo para garantir as vitaminas necessárias ao crescimento e desenvolvimento dos pequenos. Frutas, produtos lácteos, pães integrais e cereais (como a aveia, por exemplo) são alimentos práticos e ricos em nutrientes, ótimas opções para as crianças em período escolar.


5.Estabeleça uma nutrição infantil consciente


A fase na qual se observa uma crescente independência da criança é a mais complicada, pois é um momento em que ela tem oportunidade de formar novos laços sociais com adultos e indivíduos da mesma idade, e por isso começa a fazer suas próprias escolhas alimentares. Juliana aposta em uma cultura nutricional adequada: "Para que ocorra uma alimentação consciente, devemos prezar pela qualidade nutricional, ensinando bons hábitos desde cedo. Evite o uso abusivo de alimentos industrializados, cuidando o excesso de salgadinhos, refrigerantes, sucos de pacote, biscoitos recheados, fast food, alimentos de preparo instantâneo, sorvetes e frituras", indica. Tenha cuidado com os alimentos que não possuem nutrientes e ainda por cima apresentam excessos de conservantes, açúcares, sal e gorduras saturadas, pois muitas vezes são prejudiciais ao desenvolvimento e a saúde da criança.


6.Redobre os cuidados no verão

"Precisamos de uma alimentação saudável o ano todo, mas durante o verão os cuidados devem aumentar ainda mais", afirma a nutricionista.  Antes de tudo, capriche na ingestão de líquidos: água mineral, água de coco, sucos naturais e chás gelados devem fazer parte dos lanches no lugar de refrigerante e sucos concentrados.


"Aproveite as férias para convidar as crianças a participar da preparação de seu próprio lanche, desenvolvendo receitas saudáveis: salada de frutas, bolos preparados com aveia e frutas (como banana ou laranja, por exemplo), ou ainda biscoitos caseiros integrais, vitaminas e sacolés feitos com suco de fruta", recomenda Juliana. Quando a criança participa na cozinha, ela se envolve, sendo exposta a uma variedade grande de alimentos. Conhecê-los in natura estimula a experimentá-los e apreciar novos sabores.


*Texto revisado pela nutricionista Juliana Silveira Andrade / CRN2 9519

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Vacinação

Postado em 15 de outubro de 2012


No mês da criança, a Cabergs aproveita para lembrar os pais do calendário de vacinação organizado pelo Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde. Ele é dividido conforme a idade da criança e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Além da recomendação às crianças, que segue abaixo por faixa etária, o calendário é completado com recomendações aos adolescentes, adultos e idosos. Acesse as demais recomendações e os outros calendários de vacinação no link https://portal.saude.gov.br .

Todas as vacinas são gratuitas nos postos de vacinação da rede pública.

Ao nascer - BCG-ID (para formas graves de tuberculose) + a 1ª dose para Hepatite B;
1 mês de vida - 2ª dose Hepatite B;
2 meses - 1ª dose de: tetravalente (difteria,tétano,Influenzae b, meningite, coqueluche) + poliomielite + rotavírus (diarreia por vírus) +pneumocócica 10 (pneumonia,otite,meningite e outras causadas pelo pneumococo);
3 meses - 1ª dose de Meningocócica C;
4 meses - 2ª dose de: tetravalente + poliomielite + rotavírus humano e pneumocócica 10;
5 meses - 2ª dose de Meningocócica C;
6 meses - 3ª dose de Hepatite B + Poliomelite+Tetravalente+Pneumocócica10;
9 meses - Dose inicial para Febre Amarela;
12 meses - 1ª dose Tríplice Viral (Sarampo, caxumba e rubéola); e Reforço e Pneumocócica 10;
15 meses - 1° Reforço de Tríplice Bacteriana (Difteria, tétano e coqueluche); e Reforço para Poliomielite e Meningocócica C;
4 anos - 2° Reforço Tríplice Bacteriana e 2ª dose de Tríplice Viral;
10 anos - Febre Amarela (uma dose a cada dez anos).

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